terça-feira, 13 de janeiro de 2015

frança 2015: uma tarde nebulosa


Uma tarde nebulosa
- França janeiro de 2015, atentado terrorista.


Andrei caminhava pelo  centro da cidade, fria e silenciosa. Parou em uma esquina e olhou para os lados do cruzamento como se aguardasse alguém ou algum automóvel, talvez um taxi ou um ônibus. Acendeu o cigarro ajeitando a alça da bolsa no ombro. Num trago avistou um carro vindo em sua direção, parando rapidamente ao seu lado, uma mão saiu da janela do motorista e passou um pacote para Andrei. Um pacote com tamanho de um caderno de quinhentas folhas, com um envelope marrom, e logo colocou dentro de sua bolsa, fechando. Inclinou na altura da janela e disse ao rapaz que dirigia o carro' - Jetu o pacote esta completo com todas as fotos? Ele perguntou com desconfiança. O homem no volante era Jetuan Morremi adulta, um jornalista investigativo árabe que estava lhe passando informações coletadas para o jornal Charie.
- todas as fotos e uma gravação feita pelo Rogerry. Espero que você esteja protegido Andrei, porque esses miseráveis estão começando a me assustar amigo. Disse Jetu com tom de pânico, mas de forma sutil.
- estou sim não se preocupe amigo, amanha estaremos la, juntos como todos esses anos Jetu. Bom vou indo agora, você tem algo mais para me dizer? . Jetu colocou a mão no ombro do amigo e com dois tapinhas de comprimento lhe disse. - Andrei que Maomé cuide de você irmão. Então Andrei se afastou do caro de Jetu e começou a andar em passos rápidos em direção ao prédio do jornal. Andrei carregava a foto da mulher e da filia na carteira, mas neste  dia ele esqueceu a carteira em casa, na mesa de jantar. Um corsa preto passa em seu lado na direção dos prédios, vidro escuro, Andrei percebera que é a quarta vez que o automóvel passa por ele enquanto caminhava em direção ao trabalho.
Então foi a ultima vez que passou pela avenida, que naquela tarde nebulosa estava vazia, fria, calada, e vagarosa. Andrei chegou ao prédio da redação do jornal e uma correria de poucas pessoas avia se iniciado, ele mesmo se sentiu mal por algo que ainda não sabia que iria ver. Subiu a escada para o seu andar e abril a porta do jornal, e seus olhos congelaram rapidamente, seu coração acelerou e seu suor veio repentinamente gélido, e em sua frente estavam corpos caídos e sangrando. Alguns gemendo, de dor e agonia, e Andrei sentiram seu corpo mole, com gritos ecoando nos seus ouvidos como se alguém gritasse – foi vingado Maomé! Foi vingado com sangue! Salve o profeta!
Com um pouco da força que lhe restou do que acabara de ver, Andrei vai o mais rápido possível a uma janela que pelo que parecia vir de La o som que ouvira. A janela era grande e próxima da rui, pois estava no segundo andar, e foi quando olhou em direção a porta do prédio e viu uma menina pequena com um gato em seus braços entrando lentamente escada adentro. Ouviu novamente os gritos, e vil dois homens vestidos com colete militar com capuz escondendo o rosto e carregavam cada um deles um fuzis automáticos, estavam do outro lado da rua. Abraçaram-se em comemoração e se posicionaram ao lado de um poste de luz. Neste momento aviam pessoas em alguns lugares, assustadas, mas tiravam fotos e gravavam aquele momento horrível com seus aparelhos celulares.

 Os dois homens se despiram rapidamente, jogando roupas e botas no chão, quando um deles, o mais alto, pegou do colete uma automática ponto 40 e atirou em sua cabeça. O outro após ver que o seu companheiro largou a arma, pegou engatilhou e colocou em sua boca efetuando mais um disparo.
Monique entrou em choque com a cena que acaba de gravar em seu celular, um homicídio a poucos metros de seus olhos. Há poucos segundos após a cena, ela vil algo ainda mais fora da realidade. Do corpo dos homens saiu outro corpo mais luminoso que um corpo humano, sem cabelo e sem membros sexuais. Os corpos levantaram de dentro dos homens que estavam jogados ensanguentados no chão, de suas costas  como num passe de mágica, abriram  seis assas, a cor dos seres erra como brasa acesa e seus pés como de um cabrito, assim duas assas cobriam seu corpo. Num segundo um raio caio sobre cada um deles e caíram raios em cima de um prédio baixo do outro lado da rua, e dos raios saiu os serem La em cima da cobertura, quando novamente outros raios vieram e caíram em cima dos seres, assem os levando para as nuvens na velocidade de um raio na tempestade.

Após 15 dias ao acontecido o mundo estava calado, sem protestos e sem badernas, nem manifestações ou qualquer forma de tumulto intelectual ou expressão critica de jornais. O mundo estava preparado para a retaliação contra o islã e sua violência, com a vontade de generalizar a culpa, prontos para afirmar que o motivo do ataque era inumano, e novamente iam afirmar que a moral e os valores são terra de ninguém. Mas após as múltiplas gravações de celulares e câmeras de comércios e prédios, e da própria policia com confirmações de satélites fotográficos e todo o aparato que poderiam usar para confirmar o acontecido, como ficaria? O silencio foi a resposta, e nas praças não aviam flores e nem homenagens, porque aquém pediriam ajuda divina, e para quem pediriam justiça divina? Se parecia claramente que a divindade era a causa do abismamento. Olhares para o céu e portas de igrejas fechadas como em um luto sem direção e sem objetivo. Doze pessoas mortas a sangue frio na frança eram homens brilhantes e cabeças pensantes. A irmandade mulçumana se perguntava assim como todos no mundo, se o deus era Maomé, pois antes de o raio acertar a primeira vez os seres falaram uma frase que ecoou nos prédios – moraion moraious, o profeta foi vingado!
Algumas câmeras gravaram a entrada da menina com seu gato no prédio onde ficava o jornal Charlie Hebdo, e também gravaram quando ela para em frente a porta o olha os corpos caídos. O mundo esta em estado de choque, porque nunca algo assim foi visto na presença da humanidade.

De: HUDINEY DE ALMEIDA SOUSA TOMÉ.
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